sábado, 23 de outubro de 2010

Heineken

"Heineken Lager Beer" , "Premium Quality", "Produzida com Paixão pela Qualidade".
São tantas expressões no rótulo que me parece que foi produzido pelo Duda Mendonça...

É a queridinha dos mauricinhos-de-posto-de-gasolina dos jovens "fazendo as bases". O bom "esquenta", para os mais sulistas. Onde você vir uma camisa de cavalinho, tem grandes chances de haver uma destas por perto. E um cavalo dentro da camisa. É, estes caras mesmo.


Esta é uma das últimas opções sub-R$2 disponíveis, podemos classificá-la de várias outras formas. Auto-declarada lager, podemos especificar como American Lager. Para nós, a velha pilsen!
Também podemos tomá-la (hehe) como uma cerveja pseudo-importada que pulou de bico no mercado nacional e caiu no gosto da "mauriçada". Pseudo porque, pelo que sei (e pelo rótulo, que não menciona importação), parou de ser importada de fato e começou a ser produzida pela Femsa no Brasil, sob supervisão da Heineken de Amsterdã. Originalmente, é de origem holandesa.



Vamos ao conteúdo...
Aroma e espuma? Quase nada em ambos enquanto geladinha. No sabor, podemos perceber uma amargozinho bemmmm suave após um tempo de repouso no copo. Creio que seja mais uma modinha dos anos 10, assim como as calças-tiririca-ovo-mexido (saca?!) , o casamento, a palavra "agregar" e a diversidade homo sexual.

O Premium deve ser por conta dos ingredientes e processo de produção... Boa, sim! Como já cansei de dizer que poucas geladas não o são. Mas, de diferencial? Bem, digamos que está um tiquinho acima da média nacional e, tirando o amargorzinho, sai bem numa foto por ser parecer importada =)

Stella Artois Pilsen

"Premium Lager Beer" e "Belgium's Original Beer" são algumas das inscrições que temos no rótulo.
Se a fórmula original belga comercializada na Europa é esta mesma encontrada na tupiniquilândia, eu não sei dizer. Mas o fato é que suas características têm grande semelhança com o padrão da indústria nacional e os contestáveis, porém, estabelecidos gosto e preferência nacionais.

Por que constestáveis? Porque nossa indústria fabrica apenas o aceito e consumido pelas massas, como se já não bastasse o fator produção industrial em escala para "capar" os aromas, sabores e singularidades das cervejas, temos também a redução das opções.

Pra ilustrar, imagine um mundo com uma única opção de cada coisa. Fruta? Apenas o caju e sua floração que me faz espirrar nessa época .
Agora conceba suco dele todos os dias no almoço. Repito, todos os dias! Refrigerante? São Geraldo caju! Salada de frutas de caju-maçã com caju anão e caju amarelo. Caipirinha de caju (uma heresia, a meu ver)!

Agora, imagine pior. Um mundo sem negras, sem ruivas, sem asiáticas, sem índias e, por fim, somente com loiras de raça. Legítimas nelores! Basta dizer que a consequência imediata seria a extinção das brasileiras, esta salada de frutas (expressão mais que bem posta nesta época de mulher-Ceasa) tão admirada mundão-de-deus afora!

Não estou dizendo para sair por aí misturando cervejas e vendo no que dá. Apenas tento exemplificar a necessidade e o benefício das opções.



Voltando à Stella...
Jogando a real, acho que o Premium é dispensável. É uma pseudo-importada produzida pela Inbev. Espuma e aroma quase inexistentes (para mim), talvez pela temperatura, que estava bem gelada. Diria que o diferencial mesmo é o sabor mais presente, apesar da já comentada semelhança às nossas brejas-de-praia. Mas cai bem, principalmente nesta época em que parece que Teresina veio passar férias em Fortaleza...

Adquirida bem perto dos R$2, mas ainda sub-R$2, diria que vale pouco, mas bem pouco, mais que uma Bohemia.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Baden Baden Cristal

Abrindo uma exceção à regra do preço, apesar da embalagem de 600ml, comprei-a por R$8,70 numa promoção do Extra. O preço normal é R$12. Fiz a aquisição desta para consagrar meu luto pela minha ausência à Oktoberfest (a de Blumenau, não a de Guaramiranga!) deste ano. E aproveitar a promo.

Mas o que diachos é uma cerveja gourmet, conforme consta no rótulo do "pescoço"? Érrr... Hummm... Perguntando ao Google, ele responde que são "bebidas para harmonização". Boiolagem! Minha base de comparação é a Bohemia pilsen, entornada imediatamente antes da Baden e percebi que há diferença sim entre elas, mas pouca.

Bom, isto é uma opinião, como tudo por aqui . Ops, tô que tô o Serra! Não entendeu, clique aqui.

Não sou gastrônomo, nem tenho cursos na área, nem sou mestre cervejeiro. Apenas entorno! Também não sou um tubarão que sente uma gota de sangue em 1 zilhão de litros de água salgada. Nem sou um cão treinado que sente cheiro de câncer (duvida?) . E olhe que fiz toda aquela frescura todo o procedimento de não usar o mesmo copo, lavar com água apenas, deixar secar ao vento... Pra não dizerem que a experiência foi mal realizada. O que de todo não seria ruim, pois teria que refazê-la...

Não que a cerveja seja ruim. Não é! Na verdade, conheço poucas que sejam enquanto geladas. Hei, estou falando de unidades. De dúzias algumas fazem um maldaporr no dia seguinte...

Apenas  acho que a expectativa estava além. Coisas como "Produzida artezanalmente", "[...]com a mais pura água de Campos do Jordão e ingredientes altamente selecionados[...]" e outras informações me levaram a esperar algo de especial que ela não oferecia. E pagar caro por isso!

Quem sabe as irmãs Red Ale, Stout e Golden sejam mais.... mais!


Ah, a espuma some rapidamente e possui 5,0% de volume alcóolico.

Pra resumir, uma boa cerveja, mas uma nem tão boa aquisição. Talvez por pouco mais da metade do preço original...

Bohemia Pilsen

Lê-se no rótulo: "A primeira cerveja do Brasil". Em seguida: "Desde 1853".
Podemos concluir que foi ótimo termos sidos "descobertos". Os índios NÃO sabiam fabricar cerveja!!!

Eles acham que roubaram nosso pau-brasil, nosso açúcar e nosso ouro. Háá, nós roubamos a fórmula do líquido precioso. [smeagol mode off]

Da Wikipedia:
Unanimidade (do latim unanimitate) é a completa concordância por todos[1]. Quando unânimes, todos estão imbuídos do mesmo espírito e agem conjuntamente como um todo indiferenciado. Muitos grupos consideram decisões unânimes um sinal de concordância, solidariedade e unidade.


Por que é unanimidade? Porque pode até não ser a preferida de todos, mas com certeza ninguém vai desprezar. Isto acontece com a Bohemia em cervejas, com o Red Label em uísques, com o contra-filé a maminha num churrasco e com a  Cléo Pires na capa da Playboy (paraquedistas, peguei vocês!).


Voltando à cerveja, uma sub-R$2. Creio que já seja conhecida de todos, dispensando formalidades. Um pilsen praiana brasileira, com uma embalagem, digamos, estilo tradicional. Ainda "agüada", de fato (uso trema sim, fui alfabetizado antes da reforma ortográfica!). Mas com um sabor um pouco mais presente que as concorrentes.



Não posso falar nada sobre a espuma. Estava gelada por demais e ela foi quase ausente.

Na boa, ela é apenas o aperitivo da noite, o nível DC a referência =)








domingo, 10 de outubro de 2010

Caracu: Cerveja escura

Não, não é aquela parceria... Não conhece a parceria caracu? Hmm, então não lê o Contraditorium ou o MeioBit. Esta parceria é bastante citada pelo problogger Carlos Cardoso (aquele cara com um avatar do House nos posts...). O termo é usado para uma parceria onde um faz tudo e outro nada, mas ganham benefícios de forma igual. Pra ser mais claro, numa parceria Caracu, um entra com a cara... E o outro, bem... O outro entra com o resto!

O que posso dizer desta cerveja é forte. Tem personalidade e não se adequou ao nosso mercado e seu lugar-comum. Talvez seja isto que o touro mal-encarado do rótulo queira expressar. Possui o teor de 5,4%. Um pouco maior do que o habitual.

De sabor marcante, não é tão suave quanto a Xingu. Sua coloração também é bem menos transparente. Escura de fato!

Li que a Caracu foi a primeira fábrica de stout na América do Sul. E isto foi em 1889! E também faz juz ao slogan: "Forte e gostosa". Li também que ela é mais nutritiva, pois contém levedura e proteínas por não ser filtrada na fabricação. Isto explica resíduo sólidos no fundo da taça ao terminar de beber...

Ah, tem um cheiro de caramelo. Dizem que tem cheiro de café também, mas não notei. É uma cerveja ainda na faixa sub-R$2 e vale cada centavo.

Alguns inventaram receitas com ela: misturar com açaí, ovo de pata, amendoim... Fica a pergunta: será que a Caracu está para as cervejas assim como a catuaba está para os vinhos?

E também vai bem com coxas da asa de frango ao bacon. De dois dias atrás, hein!

Xingu Escura

No rótulo, auto-intitulada Cerveja Escura Premium. Dei uma checada no site e parece ser a única cerveja da marca. Faz parte do grupo Femsa, juntamente com a injustiçada Kaiser, a Sol (urg!), a singela Bavaria e a queridinha da playboizada Heineken. Esta última divide a preferência dos maurícios com a Stella. Ambas ainda vão passar por aqui.

Sobre a Xingu, preciso confessar que este post foi deveras influenciado. Vi no site oficial e em outros blogs que ela recebeu prêmios de "melhor cerveja escura do mundo".

Em minha humilde opinião, ela se saiu bem. Digo, muitíssimo bem. Dentro do que eu esperava. Nada doce, nada "aguada". Diferente. O colarinho se esvaiu rápido demais, o que pode ser um problema para localidades que estão acima de 25 graus Celsius à noite, como Fortaleza. Pros não iniciados, o colarinho ajuda a conservar a temperatura e o aroma da cerveja. Claro que a 1a função é bem mais importante pra mim do que a 2a.

Está na faixa sub-R$2, por isso surpreendeu pela qualidade. Pagaria até um pouco mais (ainda bem que ninguém lê este blog e a Femsa NÂO está nem aí pro que escrevo). Ainda implico com o termo Premium que ela estampa. Ainda mais por ser filha única na história. Se fosse apenas Xingu, daria espaço para uma Xingu Premium superior.

Em relação à classificação, vi que há uma polêmica. Apesar de ser comercializada como uma stout, muitos a consideram uma schwarzbier. A diferença? Bom, li que as stouts são caracterizadas pelo sabor de café, chocolate e malte torrado. Segundo os experts, ela foge a essa regra. Realmente, não senti a presença destes sabores. Mas, mesmo que eles estivessem lá, provavelmente não os notarias de qualquer maneira...

Harmoniza muito, mas muito bem, com coxinhas  de asas de frango ao molho de bacon do almoço de dois dias atrás. Anotaram? É indispensável que seja de dois dias atrás se quiser reproduzir as sensações que tive aqui =)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Antarctica Malzbier

Esta sim, parece ter algo mais elaborado em sua produção. O gosto me agradou.
Como entornei na long neck mesmo, não pude ver a coloração e o colarinho.

Uma autêntica sub-R$2. E por um preço justo. Não que valha mais, mas também não tive o sentimento de pagar mais do que devia.

Não é doce e possui uma boa persistência na boca. Pude sentir o sabor por alguns segundos após a golada.

A idéia era fazer um confrontamento direto com a Nova Schin Malzbier. E o veredicto foi o esperado. Ponto para a Boa!

Acho que seria uma boa com "aves de caça". Tipo pato, pombo, capote (ou galinha d'angola)... Mas não sei, é só uma suposição. Até o momento só posso afirmar que é excelente para acompanhar uma vitória inesperada do Ceará contra o Inter. Ah, harmoniza perfeitamente.

Nova Schin Malzbier

Ainda na faixa sub-R$2. Não tenho preferência por malzbiers. Mas como a idéia é provar, fiz a aquisição. Estão esgotando as opções deste teto.
Pra não enrolar muito, não gostei. Esperava mais.

Tá mais pra uma Nova Schin misturada com seilaoquê do que para uma cerveja de um estilo diferente. Sério. Percebo um pouco de cerveja comum nela. Mais do que quando misturo cerveja com vinho (Dom Bento) pra obter chopp de vinho. Pros não iniciados, fica um genérico da famosa bebida daquele famoso barzinho do Dragão do Mar, aqui em Fortaleza. E, certamente, acho que esta não seria a intenção de uma cerveja que deveria ter zero a ver com uma pilsen ou american lagger.

É diferente, sim. Mas não surpreende. O colarinho se desfaz mais rápido do que o esperado para uma cerveja escura. E, também por ser escura, o teor alcólico poderia ser maior. Isto ocorre normalmente em bocks e stouts.

Acho que paguei caro por ela. Viva a Munich!