E ontem, como falei, na nossa Oktoberfest privada, rolou um teste cego. Compramos um monte de cervejas trapistas belgas:
o sonho!
Não, mentira! Compramos um monte de cerveja sim, mas das nacionais, de prateleira mesmo. todas na faixa sub-2 reais, desde a injustiçada Primus, passando pela unanimidade Skol, até chegar na aclamada Bohemia, dentre outras. Pra temperar, inserimos também a Stella e a Heineken, que passam um pouco dos R$2.
A metodologia foi a seguinte: dividimos as cervejas em grupos de 4 para facilitar para o provador. Cada cerveja era colocada em uma taça numerada por um "juiz" que era isento e não participava. Todas as taças eram comuns, daquelas de buffet. Os 4 participantes eram previamente informados quais eram as cervejas presentes naquela "bateria" e o desafio era fazer a correspondência número-marca.
O resultado foi o seguinte: fomos péssimos. Eu acertei com muita dificuldade 1 bateria completa, de 3 que houveram. Meu irmão acertou uma bateria também. Os outros dois poucos chutes certos. Mas nenhum de nós teve muita convicção nos palpites. Tá, eu também tinha bebido
Mas, no resumo, fiquei satisfeito. Minha teoria de que nossa capacidade de percepção é bem menor do que julgamos parace ser válida e me incluo quando digo "nossa". Em se tratando de cerveja, nossas escolhas parecem ser muito mais baseadas em preconceito e propaganda do que na qualidade do produto em si.
a realidade!
Tenho algumas idéias para melhorar: fazer uma análise sensorial das cervejas, dar notas a priori e a posteriori para comparar, provar numa temperatura superior, utilizar mais taças para que cada provador possa sentir o aroma e a espuma da cerveja, convidar mais amigos bebedores contumazes.... Aceito sugestões também.
Fica a lição: pense duas vezes antes de pagar aqueles centavos a mais por determinada cerveja. Primeiro, avalie se há diferença. Segundo, avalie se a diferença pode ser percebida. Se for para uma festa, dependendo do porte, pode fazer toda a diferença.
Pra início, foi uma boa brincadeira e animou o grupo. O resultado corroborou com mote da noite, que inventei de improviso e fez sucesso: procurar diferença nas brejas brasileiras é procurar diferença em listras de zebras. Né, tio Marco?! =)
Valeu Nega, Catarine, Romim, Cici e Vinícius.
Até o próximo. Ein prosit!
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