sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Eisenbahn Pale Ale

Para uma Pale Ale, esperava algo bem mais, digamos assim, robusto.
Comprei o exemplar a R$4,50 , mas a média é de R$6,00 e logo resolvi arriscar.

Posso adiantar de cara que não é uma grande experiência, mas tem seu valor. Estamos falando de uma cerveja de alta fermentação, diferente das lagers de baixa fermentação a que estamos acostumados. O baixo teor de 4,8% e sabor familiar dão tons de familiaridade.



Possui um sabor bem seco, com lúpulo dosado, creme duradouro e coloração âmbar. Agradável, mas não por muito tempo. Cai bem como aperitivo ou com algum acompanhamento de sabor tão forte quanto, como carnes e aves de caça.
Mais um produto de qualidade da Eisenbahn , apesar da pouca referência até então em ales.

domingo, 28 de outubro de 2012

Murphys's Irish Red

Um estilo novo aqui no blog. Vi uma promoção da garrafinha por R$7 e resolvi arriscar.

Tem qualidade, mas é cara.

O que posso dizer é que parece demais com nossas American Lagers - Pilseners de prateleira. Muito mesmo. Apesar de ser uma ale holandesa de natureza e fabricada na Europa, apenas proporciona uma coloração forte e um melhor aroma, mas não temos surpresas aqui. Baixa graduação alcóolica de 5% e conjunto equilibrado. O sabor lupulado, característico de cervejas "premium".

Foi válido para conhecer o estilo, mas não recomendo pois, para mim, não ofereceu diversidades sensíveis. Encontro normalmente por cerca de R$9 e não acho que honra o investimento.

domingo, 2 de setembro de 2012

Petra Escura Premium

Essa é de um tipo que aprecio bastante, mas que estava sendo preterida por aqui. Como o nome - Pretra Escura Premium - bem sugere, tem procedência na região de Petrópolis no Rio de Janeiro, que é bastante conhecida pela qualidade das suas águas e, numa consequência direta, das suas cervejas.

A cor é bem escura, o creme é pouco denso e o sabor é suave e agrada. Também a graduação alcóolica fica em 4,4% . Em outras palavras, esta é uma cerveja que substituiria as brejas que tomamos para animar as rodas de conversas, sem maiores pretenções.



O gosto e o aroma passam um leve adocicado, compensado por algo torrado que não tenho recursos sensoriais para distinguir =)

Aqui a nomenclatura Premium corresponde mais à qualidade da cerveja de uma maneira geral do que a uma característica específica ou diferencial. Fica novamente minha crítica à banalização do adjetivo.

Vale uma comparação direta com a Xingu!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Honey Brown

Essa é uma cerveja que estava guardando há algum tempo. Ela especial, pois é a primeira cerveja que provo que é duplamente importada. De Nova York para La Paz. E de La Paz para Fortaleza!

Bom, posso dizer que não sabia o que esperar desta. Estou ainda um pouco influenciado pela última resenha e esperava algo bem aromático e delicado. Algo bem gourmet mesmo. Afinal, estamos falando de uma cerveja que leva mel na receita.



Mas a verdade é que ela é uma cerveja até encorpada para o padrão brasileiro. A coloração é um âmbar um tanto escuro. A graduação é baixa, de 4.5%. Bem típica das lagers americanas.

O sabor realmente traz algo diferente da cevada. Mais leve, porém, com bom amargor pra minha surpresa. E o cheirinho, uma delícia!

Com esta partindo para o plano-dos-cascos-vazios, o bar está em baixa... Hora de ir às compras \o/

sábado, 14 de julho de 2012

Baden Baden Golden

Aproveitando a maré da retomada dos posts, uma avaliação de alto nível (a cerveja, não o texto).

Sem dúvida, uma das cervejas mais diferenciadas que já provei. No rótulo: "cerveja de trigo com canela e frutas vermelhas tipo ale".

cerveja de trigo e canela!


Seu sabor é único e a canela é bem evidenciada.  Também alguma erva que não consegui identificar. A espuma é bem consistente e de excelente duração (pelo menos com relação às que já passaram por aqui). Sobre as frutas vermelhas, nada reparei, pra ser sincero. O trigo é confirmado pela suavidade, mas de forma bem diferente das weissbiers.

Muito leve, de baixo teor (4,5%), bem adocicada e com aroma bastante presente. Nada lupulada, sem amargor e pouco refrescante. Assim, torna-se uma experiência interessante, mas não há um convite à repetição. No jargão, não tem drinkability (ou bebestilidade =D ).

Acho que vestiu bem o rótulo de cerveja gourmet, pois não imagino tomar uma cerveja destas a menos que seja numa avaliação (como hoje) ou numa combinação como a sugerida: camarão. Ou ainda, numa sobremesa, escolhendo-a facilmente em vez de um doce.

Mas, como a idéia aqui é {experimentar, provar, degustar} cervejas variadas, eis um bom exemplar que mostra a diversidade existente e que poucos desbravamos. Pontos por isso!

Por fim, agradecimento especial ao amigo Fred @fredrhae , que me trouxe de presente o exemplar para postar aqui. Depois dizem que blog não tem futuro =) .

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Paderborner Pilsener

<saudação_cliche>
Olá, há quanto tempo! Como vai!?
</saudação_cliche>

De volta e em grande estilo. Com um achado duplamente internacional: diretamente da Alemanha, comprada na Bolívia. Uma das aquisições de minha última viagem.

Resolvi investir nesta cerveja, primeiramente, por me parecer um exemplar bem alemão à primeira vista. E segundo, por não ter avistado-o nas prateleiras de minha cidade mesmo após a recente invasão gringa de cervejas.

Welcome back!


Sem mais delongas, esta cerveja parece com as nossas, mas com algumas melhorias. Em primeiro plano, o sabor, levemente lupulado. O que não confere ao líquido a famosa sensação refrescante e convidativa ao próximo gole. De certa forma, somos instigados a degustar um pouco e dar um tempo até o próximo. Também o colarinho se forma bem cremoso e persistente, algo que não é devidamente valorizado por aqui, mas bem que deveria.

Graduada em 4,8%, poderia facilmente ser confundida com nossos rótulos mais conhecidos. Facilmente.

Em minha sã quasi-ignorância das cervejas alemãs, julgo ser esta uma exemplar popular nas terras bretanhas e, talvez por isto, sem maiores contrastes. O que mostra que nossa indústria está no alinhada com quem entende e vai de encontro à minha tese de que bebemos cerveja aguada demais...

Um brinde aos reencontros!